Carlos Dias Fernandes
Carlos Augusto Furtado de Mendonça Dias Fernandes (Mamanguape, 20 de setembro de 1874 — Rio de Janeiro, 9 de dezembro de 1942) foi um escritor brasileiro.
Biografia
Contribuiu de maneira decisiva para o movimento naturalista e o movimento simbolista da literatura brasileira no seu estado. Foi poeta, romancista, contista, biógrafo e pedagogo. Embora tenha viajado pelo Norte e vivido seus últimos anos no Rio de Janeiro, foi um homem tipicamente provinciano.
Na capital fluminense travou conhecimento com Cruz e Sousa, tornando-se seu grande amigo e admirador. Inicia a carreira jornalística, escrevendo em A Gazeta da Tarde; A cidade do Rio e na Revista Rosa Cruz. Daí o tom satírico de sua prosa e de sua poesia, onde procura sempre fustigar seus companheiros de província, não apenas em editoriais políticos, como também em epigramas.
Publicou o romance Os cangaceiros e A renegada, ambos de temática regional. Em 1936 sai Fretana, romance autobiográfico, onde aparecem as figuras principais do Simbolismo, a cuja geração também pertenceu.
Obras
§ Palma de acanthos, 1917
§ In memorian, 1905
§ Políticos do norte I, 1906
§ Políticos do norte II, 1907
§ Canção de vesta, 1908
§ A renegada, Recife: Liv. Economica, Imp. Industrial 1908
§ Álbum do Estado do Pará, 1908
§ Os cangaceiros, romance de costumes sertanejos, Parahyba do Norte : Imprensa Official 1914
§ A hevea brasiliensis, 1913
§ O Rio Grande do Norte, 1914
§ Proteção dos animais, 1914
§ Noção de pátria, 1914
§ A Walfredeida, 1915
§ Talcos e avelórios, 1915
§ A defesa nacional, 1916
§ Rui Barbosa, apóstolo da liberdade, 1918
§ Escola pitoresca, 1918
§ Discurso, 1918
§ Políticos do norte, 1919
§ Monografia de Epitácio Pessoa, 1919
§ De rapazinho a imperador, 1920
§ Myriam, 1920
§ Tobias jurista-filósofo, 1921
§ Livro das parcas, 1921
§ A cultura clássica, 1921
§ Sansão e Dalila, 1921
§ O algoz de Branca Dias, 1922
§ Cultura phisica, 1923
§ Terra da Promissão, 1923
§ Feminismo, 1923
§ Infância proletária, 1924
§ A fazenda e o campo, 1925
§ Vindicta, a encadernada, 1931
§ Fretana, 1936
§ Rezas cristãs, 1937
§ Gesta basílica, 1938
§ Gesta nostra, 1942
§ Última ceifa (versos inéditos)
Academia Paraibana de Letras
É patrono da cadeira número 32 da Academia Paraibana de Letras, que teve Ernâni Aires Sátiro e Sousa como fundador e como atual ocupante Wills Leal.
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