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quarta-feira, 15 de julho de 2015

Consumismo e a necessidade de se preencher o vazio interior



Seria o consumismo uma necessidade de preencher um vazio?

Vendo-se a atual situação de nossa sociedade em nível global, eu me pergunto a que ponto de fragilidade emotiva nos achamos. A cada década que se passa a população está cada vez mais presa a uma necessidade de obter e mostrar o que há é novo. Realmente é necessário ter o novo iPhone?
Ter aquele carro que vive nas chamadas da TV? Ou pior, é necessário secar para se encaixar no padrão de beleza atual?
Quanto mais trabalhamos, menos temos tempo para os nossos filhos, nossa esposa, família e amigos, penso que a falta de socialização vem cada vez mais nos levando a suprir nossas necessidades sociais e afetivas com os produtos que nos são ofertados, os quais nas propagandas se mostram a solução da nossa carência, com eles podemos atrair mulheres bonitas, ganhar status e adquirir hábitos sofisticados, mas não seria isso apenas uma utopia que nos é jogada através da mídia?
Quando vemos em nossas TVs os famosos usando tais produtos e demonstrando felicidade a utilizá-los, isso desperta em nós a vontade de ser igual aquele famoso e logo associamos o status dele com o produto vendido. Segundo Jurandir Freire Costa, na dimensão da moral de consumo, é necessário que o indivíduo se sinta parecido com as celebridades, seja nos gestos, nas atitudes e no próprio corpo (2004, p.166). Todavia essas celebridades também são usadas pela moda, pois quando seu poder de influência sobre a venda de determinado produto reclinar, logo sejam descartadas e novas celebridades com um novo carisma serão postas em seu lugar. Novamente segundo Jurandir Freire Costa, a celebridade é a autoridade do provisório, pois representa a referência que a coletividade social deve seguir para se basear na canalização dos seus ímpetos consumistas (2004, p.169).


Esse consumismo está ficando ainda pior porque estamos passando essa compulsividade para as próximas gerações, hoje as crianças já estão desde cedo com o mesmo espírito do consumo desenfreado dos adultos, da mesma forma que as celebridades são usadas para vender aos adultos, os heróis da TV, dos quadrinhos, personagens de novelas infantis entre outros também são usados para vender. Os pais por sua vez não conseguem controlar os filhos e simplesmente cedem a vontade das crianças, causando assim um sentimento cada vez maior de facilidade para conseguir o que se quer dos pais com uma simples birra ou coisa do tipo.

                        

Todas esses artifícios do gráfico acima mostram como a marketing através da mídia consegue seduzir as crianças para esse mundo de gastos desenfreados. Todavia a maior parcela de culpa são dos pais que não controlam seus filhos e nem conseguem impor um limite aos seus desejos, dessa forma as crianças estão tendo uma "amadurecimento" precoce levando elas a quererem ser como os adultos e consumir como os adultos, sendo que deveriam apenas está aproveitando suas infâncias.
Terminando essa pequena reflexão gostaria de parafrasear o comentário de Zygmunt Bauman, podemos dizer que, se outrora o questionamento acercadas condições da existência do ser humano consistia em saber se ele trabalhava para viver ou se vivia para trabalhar, nos tempos atuais podemos cogitar se o homem consome para viver ou se vive para consumir (1999, p. 88-89).

Joseb Roque.

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