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domingo, 5 de fevereiro de 2012
sábado, 4 de fevereiro de 2012
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012
Trecho do livro:Mecanografia de Edulo Penafiel
(Texto do livro Mecanografia de Edulo Penafiel) |
"Filho de um piloto do mesmo nome, o padre Francisco João de Azevedo nasceu na cidade da Paraiba em 1814. Cedo ficou órfão e auxiliado por amigos de seu pai foi mandado estudar no seminário do Recife, onde tomou ordens religiosas em 1838. Dotado de grande inteligência e amor aos estudos destacou-se desde logo como professor de desenho e geometria.Mais tarde, tendo sido o padre Azevedo designado para dar aulas no Arsenal de Guerra de Pernambuco, sua inclinação natural para a mecânica atraiu-o para as oficinas onde passou a empregar quase todo seu tempo. Sabe-se por carta de seu próprio punho, que o sábio sacerdote antes de pensar na máquina de escrever dedicava-se a aperfeiçoar dois inventos cujos pormenores infelizmente de todo se perderam. O primeiro era um veículo terrestre movimentado inteiramente pela força do vento e que se destinava a servir de transporte entre Olinda e Recife; o segundo era um engenho para aproveitar o movimento das ondas do mar, aplicando-o na própria marcha do navio. Na época em que viveu o padre Azevedo o atraso material do Brasil era ainda muito grande para que alguém mais se interessasse por tais invenções, restando a esperança de que algum feliz acaso nos venha proporcionar detalhes das invenções do nosso patrício. Por serem de grande curiosidade reproduzimos trechos da carta que ele escreveu a um jornal de Recife, em 1875, a propósito de seu veículo:
ARGUMENTOS PERSUASIVOS E FAVORÁVEIS AO PADRE AZEVEDO Sem assumirmos qualquer partidarismo, apenas alicerçados em relatos, os fatos parecem refletir que houve uma grande usurpação aos devidos méritos do padre Azevedo, senão vejamos: PRIMEIRO RELATO (DO LIVRO- MECANOGRAFIA ACIMA CITADO) "Por um catálogo da "Exposição dos Produtos Naturais, Agrícola e Industriais das Províncias de Pernambuco, Alagoas, Parahyba, Rio Grande do Norte e Ceará", realizada em 1861, conseguimos saber os seguintes dados sobre a máquina de escrever do padre Azevedo:"Representa e tem configuração de uma espécie de piano pequenino, com um teclado contendo quatorze teclas, oito à direita e oito à esquerda (sic).Logo que se comprime uma dessas teclas que representam pequenas alavancas, ergue-se na extremidade dela uma delgada haste que tem na ponta uma letra esculpida em metal e em alto relevo, a qual vai encaixar-se em outra igual esculpida em baixo relevo, em uma chapa metálica fixa em cima destas hastes". A exposição pernambucana em que esta máquina figurou era preparatória a um certame no Rio de Janeiro, que se inaugurou em 2 de dezembro de 1861, onde ela recebeu uma das nove medalhas de ouro distribuídas entre um total de 1.136 expositores, sinal evidente de seu mérito. Projetava-se enviar a nova invenção à exposição de Londres em 1862, primeira feira internacional em que o Brasil figuraria. Na época do embarque, porém, deixaram-na ficas, esquecida. As crônicas de Pernambuco relatam que em 1866 chegaram a Recife diversas famílias norte americanas, expatriadas após a derrota dos escravagistas dos estados do Sul, que procuravam estabelecer em Pernambuco um núcleo colonial. Naquele mesmo ano de 1866 (A) na revista americana "Scientific American"apareceu um artigo intitulado "Who Will invent a writing machine ? ", provando que naquele ano não existia ainda a máquina de escrever na América do Norte, pois tal fato não poderia ser desconhecido de uma revista especializada, como aquela, em que no citado artigo justamente procurava animar seus compatriotas a procederem às tentativas necessárias a sua construção. |
Padre Francisco João de Azevedo o inventor da maquina de escrever.
Padre Francisco João de Azevedo
(1814 - 1880)
Padre paraibano nascido em João Pessoa, então chamada Paraíba, na Provóncia da Oaraíba, que inventou e construiu pioneiramente (1861) um modelo de máquina de escrever que funcionava perfeitamente, um protótipo que era acionado por um sistema de pedais, como as antigas máquinas de costura. Pouco se sabe sobre a sua infância, além do que cedo perdeu o pai, Francisco João de Azevedo, mas não se conhece o nome de sua mãe. Seus primeiros anos não foram nada fáceis, não só pela situação da viuvez de sua mãe, quanto pelo fato do Nordeste atravessar terríveis secas naqueles anos. Aprendeu as primeiras letras em a escola próxima do seminário dos extintos jesuítas, onde aprendeu a ler, contar, escrever, rezar e latim. Durante uma visita pastoral à Paraíba (1834), D.João da Purificação Marques Perdigão, o bispo diocesano de Olinda conheceu aquele jovem promissor, e sabendo de sua pobreza, convidou-o para o Seminário Diocesano e ele partiu para Pernambuco, onde foi aprovado nos exames preliminares com e se matriculou no histórico Seminário de Olinda (1835). Ordenou-se padre (1838), pelo Seminário de Recife, onde passou a residir e lecionou cursos técnicos geometria mecânica e desenho no Arsenal de Guerra de Pernambuco, notabilizando-se com um sistema de gravação em aço. Lá também desenvolveria sua invenção revolucionária: uma máquina de escrever. Anos depois voltou a capital da província paraibana (1863), onde, por mais vários anos, foi professor de cursos técnicos de geometria. Depois (1868) tornou-se professor de aritmética e geometria no Colégio das Artes, anexo à Faculdade de Direito do Recife. Morreu e foi enterrado na atual capital paraibana. Sua notável invenção era um móvel de jacarandá equipado com teclado de dezesseis tipos e pedal, de aparência de um piano. Cada tecla de sua máquina acionava uma haste comprida com uma letra na ponta. Combinando-se duas ou mais teclas era possível reproduzir todo o alfabeto, além dos outros sinais ortográficos. O pedal servia para o datilógrafo mudar de linha no papel. A máquina era um sucesso por onde passava e em uma exposição do Rio de Janeiro (1861), na presença do imperador Pedro II, o padre recebeu uma medalha de ouro dos juízes em reconhecimento a seu projeto revolucionário. Em seguida, para sua decepção, lhe comunicaram que sua máquina não seria levada à Exposição de Londres (1862), por dificuldades de acomodação (?!). Ainda assim, na Segunda Exposição Provincial (1866) ganhou medalha de prata pela invenção de um elipsígrafo. Segundo um seu biógrafo, Ataliba Nogueira, o padre foi enganado e seus desenhos roubados por um estrangeiro, o que o desestimulou a continuar no desenvolvimento da invenção e a idéia foi esquecida. As suspeitas é que tais desenhos tenham ido parar nas mãos do tipógrafo estadunidense Christopher Latham Sholes (1819-1890) que teria aperfeiçoado o projeto e apresentado como seu e ganho os louros históricos como o criador da máquina de datilografia (1867). A glória como na maioria das inventos, não foi para a máquina pioneira em funcionamento, mas para quem produziu o modelo que serviu de base à produção industrial do equipamento. O invento do brasileiro porém já era bastante conhecido no Brasil, tanto que os primeiros cursos de datilografia no Brasil exibiam na parede retratos do padre e tornou-se o patrono nacional da máquina de escrever.
(1814 - 1880)
Padre paraibano nascido em João Pessoa, então chamada Paraíba, na Provóncia da Oaraíba, que inventou e construiu pioneiramente (1861) um modelo de máquina de escrever que funcionava perfeitamente, um protótipo que era acionado por um sistema de pedais, como as antigas máquinas de costura. Pouco se sabe sobre a sua infância, além do que cedo perdeu o pai, Francisco João de Azevedo, mas não se conhece o nome de sua mãe. Seus primeiros anos não foram nada fáceis, não só pela situação da viuvez de sua mãe, quanto pelo fato do Nordeste atravessar terríveis secas naqueles anos. Aprendeu as primeiras letras em a escola próxima do seminário dos extintos jesuítas, onde aprendeu a ler, contar, escrever, rezar e latim. Durante uma visita pastoral à Paraíba (1834), D.João da Purificação Marques Perdigão, o bispo diocesano de Olinda conheceu aquele jovem promissor, e sabendo de sua pobreza, convidou-o para o Seminário Diocesano e ele partiu para Pernambuco, onde foi aprovado nos exames preliminares com e se matriculou no histórico Seminário de Olinda (1835). Ordenou-se padre (1838), pelo Seminário de Recife, onde passou a residir e lecionou cursos técnicos geometria mecânica e desenho no Arsenal de Guerra de Pernambuco, notabilizando-se com um sistema de gravação em aço. Lá também desenvolveria sua invenção revolucionária: uma máquina de escrever. Anos depois voltou a capital da província paraibana (1863), onde, por mais vários anos, foi professor de cursos técnicos de geometria. Depois (1868) tornou-se professor de aritmética e geometria no Colégio das Artes, anexo à Faculdade de Direito do Recife. Morreu e foi enterrado na atual capital paraibana. Sua notável invenção era um móvel de jacarandá equipado com teclado de dezesseis tipos e pedal, de aparência de um piano. Cada tecla de sua máquina acionava uma haste comprida com uma letra na ponta. Combinando-se duas ou mais teclas era possível reproduzir todo o alfabeto, além dos outros sinais ortográficos. O pedal servia para o datilógrafo mudar de linha no papel. A máquina era um sucesso por onde passava e em uma exposição do Rio de Janeiro (1861), na presença do imperador Pedro II, o padre recebeu uma medalha de ouro dos juízes em reconhecimento a seu projeto revolucionário. Em seguida, para sua decepção, lhe comunicaram que sua máquina não seria levada à Exposição de Londres (1862), por dificuldades de acomodação (?!). Ainda assim, na Segunda Exposição Provincial (1866) ganhou medalha de prata pela invenção de um elipsígrafo. Segundo um seu biógrafo, Ataliba Nogueira, o padre foi enganado e seus desenhos roubados por um estrangeiro, o que o desestimulou a continuar no desenvolvimento da invenção e a idéia foi esquecida. As suspeitas é que tais desenhos tenham ido parar nas mãos do tipógrafo estadunidense Christopher Latham Sholes (1819-1890) que teria aperfeiçoado o projeto e apresentado como seu e ganho os louros históricos como o criador da máquina de datilografia (1867). A glória como na maioria das inventos, não foi para a máquina pioneira em funcionamento, mas para quem produziu o modelo que serviu de base à produção industrial do equipamento. O invento do brasileiro porém já era bastante conhecido no Brasil, tanto que os primeiros cursos de datilografia no Brasil exibiam na parede retratos do padre e tornou-se o patrono nacional da máquina de escrever.
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012
Um Pouco Mais Sobre a História de Mamanguape.
Mamanguape foi palco de diversas batalhas contra os invasores franceses e holandeses. É um município que tem uma história rica em todos os sentidos. Assim vejamos: com o privilégio de ser cortada por rios e por mar, com suas terras férteis cobertas de pau - brasil era um convite para contrabandistas estrangeiros. Os Potiguares, índios residentes na região, eram dóceis e isso facilitou a conquista daquela área pelos franceses, onde faziam o contrabando de pau - brasil. Com ajuda dos Tabajaras, aliados dos portugueses conseguiram expulsar os invasores e os Potiguares daquela área após muitas lutas. A Baía da Traição também sofreu invasão dos holandeses que pretendiam se apossar daquelas terras, transformando mais uma vez aquela área, em palco de lutas sangrentas. O crescimento de Mamanguape chegou a ofuscar a capital, com seu comércio intenso. A cana de açúcar e o algodão, levaram para Mamanguape os exportadores e seus armazéns de estivas , com gêneros de toda espécie. O comércio de cabotagem, através do porto de Salema, fazia as bases da fortuna coletiva. Com esse desenvolvimento, Mamanguape no começo do século tinha ruas calçadas e em cada esquina, um lampião de azeite para facilitar o trânsito noturno que lhe davam na época, prestígio e ar de metrópole. A vida cultural era intensa e o Teatro Santa Cecília apresentava grupos vindos do Recife direto para Mamanguape. Podemos citar filhos ilustres, tais como: Padre Azevedo, Aristides Lobo, Castro Pinto, Padre Aires e Carlos Dias Fernandes.
Fonte: FAMUP
Fonte: FAMUP
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