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terça-feira, 24 de abril de 2012

Coreia de Sydenham



coréia de Sydenham ou a dança-de-são-vito é uma das maiores manifestações clínicas da febre reumática. É uma complicação tardia e não supurativa de infecções das vias aéreas superiores por estreptococos beta-hemolíticos do grupo A, que caracteriza-se por lesões inflamatórias, normalmente localizadas no tecido conjuntivo dos órgãos acometidos. Dentre eles podem ser afetados o coração, as articulações, o sistema nervoso central, a pele e o tecido subcutâneo. Os movimentos espasmódicos incontroláveis surgem quando as lesões comprometem os núcleos da base do sistema nervoso e suas conexões com a região límbica, lobo frontal e tálamo. Esses movimentos involuntários tem a características de serem rápidos, irregulares e sem finalidade dos membros, da face e/ou do tronco, geralmente associados à hipotonia e à diminuição da força muscular. Sua evolução é auto-limitada e sua duração pode variar de uma semana a dois anos. Entretanto são frequentes as suas recorrências.
O paciente geralmente apresenta movimentos rápidos, involuntários e esporádicos que diminuem drasticamente durante o sono. Tais movimentos podem afetar qualquer músculo, exceto a musculatura intrínseca dos olhos (reto superior, reto inferior, reto medial, reto lateral, oblíquo externo e oblíquo interno). Os trejeitos faciais (caretas) são comuns. Nos casos leves, o paciente pode parecer desajeitado, com alguma dificuldade para vestir-se e alimentar-se. Nos casos graves, pode ser necessário protegê-lo para que não se machuque com os movimentos involuntários dos membros superiores e inferiores. A coréia pode cessar após 4 meses (de forma gradual), mas em alguns casos pode persistir por até 8 meses.

Incidência

  • Crianças e adolescentes (A coréia de Sydenham é própria da idade escolar, acometendo meninas numa proporção duas vezes maior do que a observada em meninos.)

Tratamento

O haloperidol é tido como medicação de escolha no controle da incoordenação motora. A resposta terapêutica é muito varíavel entre os pacientes. A dose inicial usualmente preconizada é de 1 mg/dia, com incrementos (0,5 mg de 3/3 dias) até a melhora clínica. A dose máxima não deve exceder 4 mg/dia.

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