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O homem provocou enorme mudança na paisagem natural. Desbravou territórios cobertos por vegetação nativa para ocupar principalmente com o plantio de culturas agrícolas sem com isso assegurar a produtividade e equilíbrio dessas áreas. Sendo o solo o recurso natural que constitui a base para a produção de alimentos, é extremamente fundamental a conscientização do uso da terra e manejo adequado do solo. O objetivo deste trabalho é caracterizar o espaço geográfico do município de Mamanguape, tendo como propósito compreender os danos mais evidentes causados na área em questão pelos pequenos agricultores, e estudar as formas de uso do solo e as causas da sua degradação, como também apresentar algumas sugestões mais eficientes e econômicas de manejo adequado do solo que venham amenizar os efeitos da degradação. O estudo pauta-se em análise bibliográfica, visita in loco, e em informação fornecida pelo IBGE, - Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Mamanguape e no trabalho de campo através de discursos. Buscou-se analisar o processo histórico de formação do espaço, considerando as transformações resultantes do uso do solo. O local da pesquisa localiza-se na Depressão Sub-litorânea situada na Microrregião de Mamanguape, a 50 km de João Pessoa-PB. Hoje a produção agrícola já não é tão expressiva, devido principalmente pelo empobrecimento gradativo do solo causado por praticas inadequadas dos próprios camponeses, como encostas cobertas por plantações, áreas planas reservadas exclusivamente á pecuária, fileiras de plantas no sentido morro abaixo, remoção de ervas daninhas e máquinas operando sem nenhum cuidado com a perda de solo. Vários sistemas de manejos têm sido estudados no mundo visando à manutenção da fertilidade do solo, ao controle de erosão e à redução do custo das operações para melhorar a produtividade, estabilizando a agricultura e amenizando as agressões ao meio ambiente. Esses sistemas podem ser adotados pelos lavradores de Mamanguape.
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA
Volume 10 - Número 2 - 2° Semestre 2010
O homem provocou enorme mudança na paisagem natural. Desbravou territórios cobertos por vegetação nativa para ocupar principalmente com o plantio de culturas agrícolas sem com isso assegurar a produtividade e equilíbrio dessas áreas. Sendo o solo o recurso natural que constitui a base para a produção de alimentos, é extremamente fundamental a conscientização do uso da terra e manejo adequado do solo. O objetivo deste trabalho é caracterizar o espaço geográfico do município de Mamanguape, tendo como propósito compreender os danos mais evidentes causados na área em questão pelos pequenos agricultores, e estudar as formas de uso do solo e as causas da sua degradação, como também apresentar algumas sugestões mais eficientes e econômicas de manejo adequado do solo que venham amenizar os efeitos da degradação. O estudo pauta-se em análise bibliográfica, visita in loco, e em informação fornecida pelo IBGE, - Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Mamanguape e no trabalho de campo através de discursos. Buscou-se analisar o processo histórico de formação do espaço, considerando as transformações resultantes do uso do solo. O local da pesquisa localiza-se na Depressão Sub-litorânea situada na Microrregião de Mamanguape, a 50 km de João Pessoa-PB. Hoje a produção agrícola já não é tão expressiva, devido principalmente pelo empobrecimento gradativo do solo causado por praticas inadequadas dos próprios camponeses, como encostas cobertas por plantações, áreas planas reservadas exclusivamente á pecuária, fileiras de plantas no sentido morro abaixo, remoção de ervas daninhas e máquinas operando sem nenhum cuidado com a perda de solo. Vários sistemas de manejos têm sido estudados no mundo visando à manutenção da fertilidade do solo, ao controle de erosão e à redução do custo das operações para melhorar a produtividade, estabilizando a agricultura e amenizando as agressões ao meio ambiente. Esses sistemas podem ser adotados pelos lavradores de Mamanguape.
As evidências pré-históricas existentes no município de Mamanguape são provas de que a área foi ocupada por povos muito antigos. Isso nos força concluir que os solos da região começaram, a ser utilizados para o cultivo há séculos. Levados pela produção cultural das comunidades, de seu imaginário e de sua percepção, os lavradores desenvolveram técnicas inadequadas de uso da terra, que provocaram o depauperamento do solo ao longo da história. Para Muggler et al. (2006) as pessoas têm uma atitude de pouca consciência e sensibilidade em relação ao solo, o que contribui para a sua degradação, seja pelo seu mau uso, seja pela sua ocupação desordenada.
Até que ponto o conhecimento empírico construído no meio de uma comunidade tradicional, como a de agricultores de Mamanguape, conserva o solo e assegura a produção em quantidade suficiente para atender a demanda? Por que sé insistente em cultivar terras que já não apresentam mais aptidão agrícola? É possível não degradar o solo sem valorizar as curvas de nível ou sem respeitar o tempo de descanso da terra?
Como fazer boas colheitas se não se conhecem a sensibilidade dos recursos naturais no equilíbrio da natureza? Como recuperar as esperança de alguns agricultores, que já não acreditam mais numa reversão?
Como transformar a visão predatória em ecológica, onde a falha de informação ainda prevalecer?
Pretende-se com este trabalho identificar os impactos da degradação do solo e apontar técnicas conservacionistas simples e econômicas. Dessa forma, procura-se contribuir no restabelecimento do equilíbrio homem- agricultura-meio ambiente em detrimento dos manejos impróprios utilizados pelas comunidades tradicionais do município.
O solo constitui a fina camada superfície da crosta terrestre, formando a zona de contato entre a atmosfera e a litosfera. É o principal recurso da natureza para a produção agrícola, sendo o elemento mais importante para as comunidades biológicas. Portanto, como é um componente extremamente fundamental à sobrevivência dos seres vivos, principalmente do homem, a terra não recebe, geralmente, o tratamento merecido. O solo constitui o substrato para qualquer atividade agrossilvipastoril e, dependendo do manejo ao qual é submetido, é passível de degradação ou melhoramento em sua capacidade produtiva (Silva et al.,1999). As grandes empresas dispõem de recursos técnicos para amenizar o alto grau de destruição do mesmo, embola nem sempre os usem de forma adequada, mas isso não acontece com os pequenos agricultores, sobretudo do Nordeste brasileiro, como também, com os lavradores do município de Mamanguape.
A população ribeirinha Mamanguapense é constituída predominantemente por pessoas carentes. Este problema aumenta quando se trata do uso da terra e manejo adequado solo. Portanto, tendo em vista que a degradação do solo causando pelos pequenos produtores rurais é mais uma parcela no processo de destruição do meio ambiente, e que o depauperamento pedológico proporciona a expulsão do camponês, pretende-se com este trabalho apontar as modalidades do mau uso do solo e mostrar soluções que venham amenizar os efeitos da degradação, sobretudo para que as gerações futuras possam utilizar a terra obedecendo a ás leis da natureza, garantido a fertilidade do solo.
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